sábado, 17 de dezembro de 2011

A CHEGADA DE MARIA ALICE

Há nove meses minha bebezinha é acalentada em meus braços e não mais em meu ventre. Durante todos esses dias fico relembrando os momentos que antecederam o seu nascimento e me emociono com cada detalhe que me vem a memória. Nem sei bem por onde começar. Mas acho que tudo começou quando decidimos, eu e meu marido Guilherme (Gui), ter nosso segundo bebe. Nossa Ana Clara já estava com 1 ano e meio e começamos a “tentar”  engravidar novamente. Ao contrario do que aconteceu na primeira gravidez, demorei uns 8 meses para engravidar e quando estava com 7 semanas acabei tendo um aborto espontâneo. Tudo isso aconteceu em meio a mudança de trabalho, e da descoberta que o médico que me acompanhou no pré-natal da Ana não atendia mais pelo meu convênio, o que me deixou bastante preocupada, pois gostava muito dele. Hoje sei que isso foi providencial, pois acredito que com ele teria tido outra cesária. Depois do aborto comecei a procurar outros médicos para que quando engravidasse novamente já tivesse alguém que me acompanhasse. Então encontrei um que seguia o mesmo padrão do primeiro e fiquei contente. Mas nessa busca por médicos de confiança na internet acabei encontrando alguns sites sobre parto humanizado. Dois meses depois do aborto estava eu grávida novamente, felissíssima, mas com uma súbita “neurose”. Não queria que ninguém fizesse nada no parto. Neste momento percebi o quanto a minha cesária tinha mexido comigo. Comecei a ficar com muito medo de ter outra cesária e não entendia porque algumas mulheres conseguiam ter um parto “normal” e eu não. Então comecei com uma brincadeira que esse bebe iria nascer de parto normal nem que fosse com o SAMU e que ninguém colocaria a mão em mim. Mas tudo isso não poderia ficar na bincadeira, tinha que pesquisar, saber como poderia fazer para ter um médico que apoiasse o parto normal. Foi assim que vasculhei a internet atrás de informações sobre parto humanizado e médicos humanizados. E advinhem o que descobri: Nenhum atendia pelo meu convênio. Mas uma decisão eu já tinha tomado, iria fazer yoga, como forma que manter uma atividade física que já tinha antes de engravidar e porque era “bom”  para gestantes. Foi quando descobri o site do babyoga e o contato da Kátia Barga. Liguei e combinei de ir no sábado seguinte, na casa Moara, fazer uma aula experimental.

Yoga desde o inicio




Minha professora de Yoga, doula e amiga, Katia Barga

Papai sempre presente
 Nesta época estava com 13 semanas e fazendo o pré-natal com um médico que me atendia em 5 minutos. Em casa continuava a aloprar meu marido que queria parto normal. Comecei a vislumbrar um mundo novo com as buscas na internet e as primeiras conversas com a Kátia. Algumas conversas em casa eram tensas porque sabíamos que não poderíamos contar com o convênio que tínhamos. E ainda não entendíamos muito como funcionava esse negócio que para ter um parto humanizado, natural você tinha que viver em um mundo paralelo. Um mês depois de começar as aulas de yoga, a Kátia nos convidou para participarmos de um workshop de preparação para o parto. Foi em cima da hora, mas topamos na hora, o que de certa forma demonstrava que o Gui, apesar das dúvidas, principalmente financeiras, estava interessado no assunto. E no sábado, lá fomos nós, com 17 semanas, fazer o workshop. Eu saí de lá muito mais envolvida e o Gui saiu transformado. Depois desse dia não se questionou mais como seria o nosso parto. Tínhamos certeza que seria natural, não sabíamos ainda os detalhes, mas já estava sendo ativo, em constante busca de informações e tomada de decisões. Agora eu precisava convence-lo de uma parto domiciliar. Tínhamos uma amiga que tivera sua terceira filha em casa, o que na época me pareceu um absurdo, mas como diz o ditado, “não cospe para cima que cai na testa”, agora estava eu lutando por um parto domiciliar. Agora me parecia óbvio não precisar sair de casa para parir. Nada mais aconchegante e gostoso do que nossa casa, com nosso cheiro, nossas coisas, onde conhecemos cada canto, onde podemos preparar nosso ninho para receber nosso rebento. Queria poder ficar ali, no melhor lugar do mundo, para o melhor momento do mundo.  Combinamos então de participar de um encontro (de gestantes na Casa Moara) sobre parto normal hospitalar e outro sobre parto domiciliar e só então conversaríamos novamente sobre o assunto. Novamente o efeito foi revolucionário para o Gui. Os relatos de parto, sua dignidade, seriedade, emotividade, tudo tornou  muito mais tranqüila a decisão. A única coisa que continuava pegando era a questão financeira e quem nos acompanharia nessa jornada. Saindo de um desses encontros lembro-me de ter comentado com o Gui que gostaria de ser acompanhada pela Márcia Koiffmann. Ela estava presente em dois momentos em que estivemos na Casa Moara, nos encontros de gestantes de quarta-feira a noite e gostei muito da segurança que ela passava ao falar sobre o parto domiciliar, falando de suas experiências, de dados estatísticos e de suas condutas. Quem conhece sabe... Decidimos então que em Janeiro passaria em uma consulta com ela para dar continuidade ao pré-natal. Também tinha decidido que conversaria com a Kátia para que ela fosse minha doula. Um dia o Gui chegou em casa dizendo ter pedido o adiantamento de suas férias para que pudéssemos usar para ajudar a pagar as despesas com o parto. Para mim esse foi o sinal de que ele estava de fato querendo o mesmo parto que eu. Sua participação foi sempre muito ativa, desde ir as consultas, aos exames, aos encontros e principalmente no final da gravidez quando mais precisei de seu apoio e confiança.O tempo foi passando, eu trabalhando e cuidando da Ana Clara dentro de minha rotina normal. Como na minha primeira gravidez, me sentia muito bem disposta, tanto física como emocionalmente. Mas quando estava com 37 semanas tive uma crise de ansiedade. Isso já tinha acontecido antes, há uns 10 anos atrás e depois em outras situações, mas não tão intensamente como desta vez. Nesses crises eu fico com um tremor incontrolável no corpo todo, mas como já sabia que era ansiedade por “algo” inesperado, não fiquei preocupada num primeiro momento. O problema é que elas começaram a se repetir quase que diariamente. Até que tive uma crise na minha primeira consulta com a Pri (parteira que acompanharia o parto com a Márcia). Imaginem, ela ficou super preocupada, mas foi de uma atenção e um profissionalismo e cuidado indescritíveis. Na mesma hora propôs uma sessão de acumpultura, ligou para a Márcia, me medicou com Bryophylus e Stress Doors (ansiolíticos antroposóficos), e sugeriu que eu procurasse uma psicóloga, Eliana Pommé, que trabalhava com massagem bio-dinâmica. Além disso conversamos muito sobre o que poderia estar me deixando ansiosa às vésperas do parto. Eu sabia que não era nada além do medo de não ser capaz de ajudar minha filhinha a vir ao mundo. Tinha medo de não entrar em trabalho de parto, tinha medo de não agüentar a dor, de acontecer alguma coisa errada e, a partir das crises de ansiedade, medo que esses tremores atrapalhassem de alguma forma o trabalho de parto. Medos tão comuns neste momento, mas que em mim se manifestavam de uma forma muito intensa, física e sem controle. Aos poucos percebi que a respiração e a mudança de foco faziam com que os tremores parassem, mas quem garantia que na hora mais importante seria assim. Há duas semanas de completar 40 semanas fui conhecer a Eliana: bárbara, se dispôs a me atender em pleno sábado a tarde, me ouviu, tranqüilizou e não prometeu nada a não ser tentar me ajudar a enteder esse momento e me preparar para o que viesse, fosse o que fosse. Foram quatro encontros de muita conversar e trabalho corporal, onde pude entrar em contato com fantasmas de minha história que não sabia serem tão poderosos dentro de mim. Neste momento comecei a conhecer um marido que ainda não conhecia, que me apoiou, me tranqüilizou, que foi meu motorista, e que me tranqüilizava novamente. Parei de trabalhar com 39 semanas e 1 dia, uma decisão tomada depois da primeira sessão de acumpultura com a Pri.Senti naquele momento que precisaria de um tempo para me preparar, me cuidar diante de tantas coisas que estavam acontecendo. E foi a melhor coisa que fiz, ficar um pouco mais recolhida, voltada para esse momento tão importante, único, ser um pouco mais cuidada...
despedida da Barriga e Boas vindas a Maria Alice
Então chegamos à 40 semana e nada de trabalho de parto. Desde a 39 estava sentindo contrações e cólicas fracas, como as menstruais, geralmente acordava no meio a noite com contrações mais fortes, mas que depois paravam. Eram os chamados pródomos. Com 40 semanas e 2 dias a Pri me examinou e eu estava com 1 cm de dilatação, mas sem sinais maiores de que iria entrar em trabalho de parto.  Então fizemos mais uma sessão de acumpultura e mochabustão  e ela me indicou algumas medicações homeopáticas que poderiam ajudar neste momento.. já não estava mais tendo crises de ansiedade como antes, mas a tensão continuava, agora porque já estava com mais de 40 semanas e não queria chegar as 42 e correr o risco de ter que induzir o parto. Ainda mantinha minha vontade de que o parto fosse o mais natural possível. Além do que, com uma cesária prévia não era muito recomendado a indução com ocitocina. Quando sai da consulta com a Pri tive uma crise de choro, o Gui estava comigo e falei desse medo de não entrar em trabalho de parto. Não sei se para me tranqüilizar ou porque ele de fato acreditava, mas disse que iria dar tudo certo e que era só deixar a natureza agir.Voltamos para casa e seguimos nossa rotina. A essas alturas as pessoas começam a perguntar se você não esta sentindo nada, o que vai acontecer se não nascer. Eu sempre tentava transparecer que estava tudo bem, que o processo era assim mesmo, mas por dentro só eu sabia a ansiedade que estava. Na quarta feira fui a última consulta com a Eliana e na sexta fiz minha última sessão de drenagem linfática, como uma forma de me despedir da barriga e acreditar que de fato o momento do parto estava chegando. Desde o sétimo mês meus pés e pernas começaram a inchar muito e a drenagem linfática ajudou bastante, tanto a desinchar um pouco como com as dores do inchaço. No domingo fomos ao bairro da Liberdade, já que tínhamos que nos distrair com alguma coisa. E Finalmente na madrugada de domingo para segunda, por volta das 0:30 comecei a sentir as primeiras contrações, ritmadas e intensas. Acordei o Gui e começamos a contar. Estavam  intensas  duravam por volta de 40s e com intervalos de 5 min. Por volta de 1:30 liguei para a Kátia e ela perguntou se eu queria que ela já viesse. Disse que ainda não precisava, mas meia hora depois como as contrações continuaram intensas e em intervalos regulares e eu estava super ansiosa, liguei novamente pedindo se ela poderia vir. Ela mais que prontamente, disse que já havia se trocado e estava vindo. Eu e o Gui fomos arrumar algumas coisas para nos prepararmos para o grande momento q se aproximava. A Ana estava dormindo em seu quarto e como tem o sono pesado não percebeu a movimentação. Por volta de 2:30 a Kátia chegou e as contrações se espassaram. Ela ficou comigo conversamos um pouco, comemos algo e ela sugeriu que eu descansasse, mas eu não conseguia ficar deitada pois doía muito nas contrações. Além do que estava tremendo muito. Ela me mostrou fotos de sua viagem, de sua linda família, e eu comentava com ela o quanto era incomodo todo aquele tremor e tensão. Durante as contrações ela me massageava os ombros e me ajudava a relaxar. Vimos juntas o amanhecer do dia e as contrações continuavam ritmadas mas com intervalos de 7mim. A Ana acordou e o Gui foi levá-la para a escola. Quando ele voltou a Kátia sugeriu que fossemos fazer uma caminhada na área externa do prédio. Estava um friozinho gostoso e nesse momento ela fez um comentário que me tranqüilizou: disse que já tinha acompanhado um parto de uma pessoa q também tremia muito. Então eu perguntei: “E nasceu normal”. Ela respondeu :”Claro, como a Maria Alice vai nascer”. E me sorriu meigamente. Nossa se a Kátia, com sua experiência já tinha visto isso acontecer, então eu podia confiar em mim e em meu corpo, que mesmo sem controle naquele momento já estava mostrando trabalho. Quando subimos tomamos um café da manhã. Deviam ser umas 10:00. E então a caminhada começou a surtir efeito. As contrações começaram a ficar muito intensas e em intervalos muito curtos. A Kátia ficou comigo fazendo massagem nas contrações e o Gui me dando gotinhas de homeopatia. Que dupla maravilhosa.
Meu anjo
Minha anja
 De um momento para outro comecei a sentir vontade de fazer força. A Kátia pediu q a Márcia viesse e por volta das 12:30 ela chegou. Me encontrou querendo ficar de cócoras. Pediu para me examinar. Com a bebe estava tudo bem e o exame de toque mostrou que eu estava com 6cm de dilatação. Que alivio, as coisas estavam caminhando, mas a vontade de fazer força era porque o colo do útero estava um pouco para trás, o que foi resolvido com uma massagem feita pela Márcia. A Kátia me falava palavras de incentivo. Neste momento fui para o chuveiro e as contrações se espassaram novamente. Eu aproveitei para descansar e a Pri chegou. Depois de um pouco de descanso a Pri sugeriu que fizéssemos acumpultura e mochabustão. Era um pouco dolorido ficar deitada, por causa das contrações, e não sei ao certo quanto tempo se passou. Quando levantei comi um pouco de nhoque que alguém pos num prato para mim e o efeito da acumpultura e da mocha começou. Voltaram as contrações ritmadas e intensas. Depois de algum tempo outro exame de toque e continuava nos 6cm. Que tensão. Vale dizer q neste momento eu já não tremia desde que o trabalho de parto engatou, alias nem lembrava de ansiedade , só pensava que estava chegando a hora de conhecer meu bebe. Conversava com ela. Era um final de tarde linda, ensolarada e fresca. Mas ainda iria demorar um pouco para vê-la. Mais uma vez o trabalho de parto estacionou. As contrações se espassaram depois que eu entrei no chuveiro de novo. Apesar da banheira já estar montada, a água não estava sendo uma boa opção. No inicio da noite, a Pri fez outra aplicação de acumpultura e durante a inserção das agulhas as contrações voltaram a ficar fortes.

Priscila Collaciopo, enfermeira obstetriz fazendo acumpultura


Márcia Koiffmann, enfermeira obstetriz ,
 examinado batimentos cardíacos da Maria Alice








As meninas já tinham se organizado para se revesarem em ir para casa, mas como parto é algo realmente imprevisível, todos os planos foram alterados. Às 19:30 minha bolsa rompeu e eu entrei em Nirvana. Durante as contrações me apoiava no Gui (fiz isso o tempo todo). Por volta das 22:00, depois de auscutar o coração da Maria Alice, a Marcia surpreendentemente disse que iríamos para o Hospital.  Explicou que a Maria Alice tinha tido algumas bradicardias (diminuição do ritmo cardíaco), que não estavam associadas as contrações, possivelmente era devido a alguma pressão no cordão, mas eu ainda estava com 8 de dilatação, o que significava que o trabalho de parto ainda iria demorar um pouco, então era melhor prevenir qualquer outra situação inesperada indo para  hospital. Arrumamos nossas coisas rapidinho. A Kátia me ajudou porque eu não conseguia pensar direito no que precisava para mim. A Pri fez contato com o Médico do meu plano B. Fomos com a Márcia até o São Luiz. O caminho nunca me pareceu tão longo, principalmente porque eu estava ajoelhada no banco, virada para trás, então não tinha referencial. Neste momento só pensava se estava tudo bem com a BB e se teria que fazer outra cesária. Apesar da preocupação, não estava ansiosa ou com medo. Acho que no fundo sabia que daria tudo certo. Chegamos ao hospital e a Márcia já me encaminhou para a triagem enquanto o Gui fazia a admissão. Tudo foi muito rápido e quando me dei conta estavam todas lá novamente, a Márcia, a Pri, a Kátia já na sala de parto (Delivery Room). Parecia um passe de mágica.  Um novo exame de toque mostrou que eu estava com 8 cm de dilatação. Fizeram o cardiotoco (exame que controla as contrações e os batimentos cardíacos fetais) e estava tudo bem com a Maria Alice. Ela já estava tão baixa que era difícil até colocar o aparelho, tinha que ser bem em cima da pelve. Neste momento minhas contrações tinham espassado muito e estava preocupada que ainda fosse demorar muito e que algo acontecesse a Maria Alice. Conversei com as meninas sobre esse meu medo. Cheguei a perguntar se não era melhor fazer uma cesária. A Kátia tentava me tranqüilizar, a Pri queria saber do que eu estava com medo e a Márcia foi super incisiva: “ Não tem indicação nenhuma para cesária, ela esta muito bem”. Ainda assim não quis que colocassem a ocitocina e combinamos de esperar o médico chegar. Neste momento o Gui chegou e eu falei que estava com medo e ele com toda sua paciência disse que estava tudo bem, que a Maria Alice estava bem. E, a partir daí, tudo começou a se desenrolar novamente. As contrações começaram a ficar mais intensas  e praticamente sem intervalos. Eram uma atrás da outra. Deste momento tenho flashes do que aconteceu: me lembro do GO chegando, depois do pediatra, mas era como se estivesse sabendo de tudo e ao mesmo tempo alheia a tudo Quando o médico chegou já estava com quase 10cm de dilatação e de repente já estava no expulsivo. Neste momento senti o circulo de fogo, uma dor muito intensa, durante uma contração e foi nesse momento que senti a cabeça da Maria Alice sair, (embora tenha pensado que fosse o corpo inteiro). Então alguém disse “ ela coroou”, e eu pensei cara.... ela só coroou, ainda falta sair inteira. E lá se foram mais umas quatro contrações onde em cada uma a Pri me dizia para canalizar a força e eu fazia pois me lembrava dos exercícios de Yoga. Também me lembro do Gui dizendo, com a voz embargada pela emoção, “ ela está nascendo” Quando menos esperava senti minha bebe saindo de mim e a primeira coisa que vi foram suas costinhas quando ela estava vindo em minha direção e lembro que falei “ ela é tão pequenininha”. Ela foi colocada sob meu peito e lá ficou por mais de 2 horas, até que nascesse a placenta e que a Márcia fizesse uns pontinhos pois tive uma laceração pequena. Ela fez coco, mamou nos dois peitos, ficamos nos namorando. Foi o momento mais maravilhoso da minha vida. Todas essas palavras não conseguem expressar o sentimento deste momento, dia 12/04/2011 às 0:22.



Nosso primeiro encontro
Ana Clara conhecendo Maria Alice







Jamais esquecerei todos os cuidados que tive neste momento. Para quem temia ser tocada como da primeira vez, no parto da Ana Clara, onde tudo correu bem, mas de uma forma bem mais distante, redescobri o toque solidário, amigo, encorajador, respeitoso, cumplice, profissional, dedicado e delicado, de pessoas que amam o que fazem, que fazem o que amam com profissionalismo, e que com profissionalismo entendem e sentem o que há para além do nascimento de um filho.

Obrigada Kátia, Marcia, Pri, Eliana por estarem comigo.
Obrigada Dr. José Vicente e Dr. Douglas por permiterem que a ciência da medicina não se interpusesse entre mim e minha filha neste momento tão especial, mas que permitiram que a ciência da medicina estivesse ao meu lado, possibilitando que nós três, papai, mamãe, e Maria Alice, pudessemos continuar juntinhos.
Obrigada Ana Clara por me ensinar a ser mãe
Obrigada Gui por você existir e ser quem é.
E obrigada a   Deus por me dar tudo isso.
Serei eternamente grata.
Finalmente obrigada MARIA ALICE, o anjo que escolheu nascer conosco, por sua presença.


 



Um comentário:

  1. Querida Cris,

    Que relato lindo! Eu que frequentei junto contigo os encontros de gestantes da Moara, que ouvi sua história no encontro de pós-parto, estou aqui com lágrimas nos olhos, feliz da vida por reconhecer nestas linhas toda sua garra, entrega e transformação! Parabéns pela sua linda família! Que Deus abençoe vocês.
    Beijos

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